janeiro 31, 2005
janeiro 27, 2005
-Chama-se L. Antunes, frequenta o 12º ano na D. João II e venceu um torneio de xadrez a nível concelhio tendo vencido todas as partidas disputadas.Parabéns!
-“Quem devia fazer exames eram os professores de Matemática e de Português que não percebem nada disto e são responsáveis pelo estado a que isto chegou!”. Joana, 9ºano
-O Tomás tem 11 anos e anda no 6ºano. É colega de turma do meu filho e enganou-se na página do TPC do livro de exercícios. O suposto trabalho de casa dizia respeito a matéria ainda não leccionada. Apesar de não perceber nada do que era pedido não desistiu, consultou o manual e resolveu todos os exercícios relativos à divisão de fracções. A caminho da escola contou-me o sucedido e explicou com clareza como é que se dividem fracções (generalização).
Tomara eu que a terça parte dos meus alunos do décimo ano tivesse tais conhecimentos. Nem me atrevo a fazer a experiência. Já agora, que para aqui convoquei a experiência, devo referir que estou convicto que quem não quer de facto aprender, não aprende e nada há a fazer. Em alguns dos meus alunos do secundário falta quase tudo desde capacidade de trabalho a aspectos cognitivos. Creio que os encarregados de educação não de apercebem da extensão das lacunas, pois alguns referem que os seus filhos até eram muito bons a Matemática no 7º, 8º e 9º. Os pais devem ter consciência que tirar notas elevadas e ser muito bom nem sempre é a mesma coisa. Em turmas muito fracas pode ocorrer uma excessiva sobrevalorização de alunos médios ou menos fracos.
Implicitamente é o professor que é posto em causa (“...ele até era bom...”) por uns e acusado por outros na questão da sobrevalorização.
-O sinistro campo de morte e horror, Auschwitz, ainda assusta. Eminentes e serviçais programadores afugentaram para lá da meia-noite um documentário que devia ser visto, falado e reflectido em família num horário (dito) nobre. Continua a interessar manter as novas gerações na ignorância e futilidade. Tudo tem a ver com tudo!
janeiro 25, 2005
janeiro 21, 2005
A situação partiu de dois alunos do nono ano.
O Daniel dizia que era possível calcular a área de um quadrado do qual se conhecia apenas a medida da diagonal, o seu colega de carteira não concordava alegando que a insuficiência de dados tornava o problema insolúvel.
O Daniel apresentou, então, uma demonstração, simples mas elegante, que sustentava a sua afirmação. Partiu de um quadrado [ABCD] cuja diagonal media 2cm. A partir dessa diagonal construiu um segundo quadrado [EFBA] de área 4cm2 e estabeleceu uma relação entre as áreas dos dois quadrados, por um simples processo de decomposição, concluindo que a área do quadrado vermelho é 2cm2, porque é metade da área do quadrado auxiliar.
O aluno referiu que aprendera este processo com o pai, o qual parece apreciar os desafios matemáticos, apesar de estar profissionalmente longe da matemática e das ciências em geral e de não possuir habilitações académicas ao nível do superior. Não posso deixar de aproveitar a oportunidade para felicitá-los pelo trabalho matemático em comum, um exemplo raro e altamente meritório. O jovem fez um brilharete.
E já agora ficam aqui dois desafios para ti, Daniel, para a Sara, e para quem quiser na turma.
1. Preparem um artigo sobre a experiência de Eratóstenes para publicar no blogue do Centro de Recursos.
2. “Professor não existem mulheres matemáticas?” (Sara) Proponho-lhes um pequeno trabalho sobre este assunto.
Estes assuntos surgiram após um exposição sobre a irracionalidade da raiz quadrada de dois.
O Daniel dizia que era possível calcular a área de um quadrado do qual se conhecia apenas a medida da diagonal, o seu colega de carteira não concordava alegando que a insuficiência de dados tornava o problema insolúvel.
O Daniel apresentou, então, uma demonstração, simples mas elegante, que sustentava a sua afirmação. Partiu de um quadrado [ABCD] cuja diagonal media 2cm. A partir dessa diagonal construiu um segundo quadrado [EFBA] de área 4cm2 e estabeleceu uma relação entre as áreas dos dois quadrados, por um simples processo de decomposição, concluindo que a área do quadrado vermelho é 2cm2, porque é metade da área do quadrado auxiliar.
O aluno referiu que aprendera este processo com o pai, o qual parece apreciar os desafios matemáticos, apesar de estar profissionalmente longe da matemática e das ciências em geral e de não possuir habilitações académicas ao nível do superior. Não posso deixar de aproveitar a oportunidade para felicitá-los pelo trabalho matemático em comum, um exemplo raro e altamente meritório. O jovem fez um brilharete.
E já agora ficam aqui dois desafios para ti, Daniel, para a Sara, e para quem quiser na turma.
1. Preparem um artigo sobre a experiência de Eratóstenes para publicar no blogue do Centro de Recursos.
2. “Professor não existem mulheres matemáticas?” (Sara) Proponho-lhes um pequeno trabalho sobre este assunto.
Estes assuntos surgiram após um exposição sobre a irracionalidade da raiz quadrada de dois.
janeiro 20, 2005
- Sim, há uma promiscuidade social que se deve à falta de autonomia individual. O salazarismo infantilizou-nos, fez-nos viver num mundo fictício e sugou-nos todas as forças. Eu não quero culpar o salazarismo por tudo, mas a verdade é que foram 48 anos de não inscrição, de não acontecimento. E herdámos isso. Ainda não recuperámos. O ambiente em que vivemos não nos permite ter intensidade de vida, de pensamento, de acção, para que possamos inscrever-nos na nossa própria vida, na Europa, no mundo global, etc. Uma vez assisti a uma entrevista com o jovem físico português, João Magueijo, que vive em Inglaterra. A repórter perguntava-lhe: "Você trabalha com matemática, não em laboratórios. Não podia ter descoberto essas teorias em Portugal?" E ele respondeu imediatamente: "De maneira nenhuma. Sabe porquê? Por causa da intensidade das trocas de pensamento em que eu vivo quotidianamente. É isso que me faz pensar."
Excerto da entrevisda concedida ao Público pelo filósofo José Gil
janeiro 19, 2005
Considera o triângulo [EFG]. Seja A o centro da circunferência dividida em 18 partes iguais.
a) Desenha a imagem do triângulo na rotação de centro A e amplitude 60º em sentido negativo.
b) Desenha o simétrico de [EFG] em relação ao ponto A.
c) Indica a amplitude de DAB (vértice A)e de BCD (vértice C) .
d) Supõe que a medida do comprimento do arco BF é 6cm. Determina, com aproximação às décimas, a medida do comprimento da maior corda da circunferência.
e) Determina a área de um quadrado cujos vértices são pontos da circunferência.
a) Desenha a imagem do triângulo na rotação de centro A e amplitude 60º em sentido negativo.
b) Desenha o simétrico de [EFG] em relação ao ponto A.
c) Indica a amplitude de DAB (vértice A)e de BCD (vértice C) .
d) Supõe que a medida do comprimento do arco BF é 6cm. Determina, com aproximação às décimas, a medida do comprimento da maior corda da circunferência.
e) Determina a área de um quadrado cujos vértices são pontos da circunferência.
janeiro 18, 2005
Acaso
Incerteza
Aleatório
Estimativas
Amostras
MARGENS DE ERRO - um blogue sobre sondagens e opinião pública.
Incerteza
Aleatório
Estimativas
Amostras
MARGENS DE ERRO - um blogue sobre sondagens e opinião pública.
janeiro 17, 2005
janeiro 16, 2005
janeiro 15, 2005
TITÃ
Sounds of an alien world-Audio data collected by the Huygens Atmospheric Structure Instrument (HASI), which includes an acoustic sensor, during Huygens' descent, 14 January 2005.
janeiro 14, 2005
janeiro 12, 2005
(continuação)
Se invertermos a ordem, referindo primeiro que uma certa curva não representa uma função porque tem diversos pontos em comum com uma recta vertical, poucos alunos vão perceber a razão de uma segunda explicação com base na definição de Função. Vão certamente considerar que o professor está a complicar...Caso, pura e simplesmente, um professor/explicador/formador/..., justifique que uma curva não representa uma função com base na afirmação -“Não, porque a recta corta o gráfico em dois pontos.”- está, deliberadamente (fraude) ou não (ignorância), a descer a um nível matematicamente pobre. Tal contribui para uma visão fria, acéfala e totalmente desinteressante forma de trabalhar em Matemática.
Se invertermos a ordem, referindo primeiro que uma certa curva não representa uma função porque tem diversos pontos em comum com uma recta vertical, poucos alunos vão perceber a razão de uma segunda explicação com base na definição de Função. Vão certamente considerar que o professor está a complicar...Caso, pura e simplesmente, um professor/explicador/formador/..., justifique que uma curva não representa uma função com base na afirmação -“Não, porque a recta corta o gráfico em dois pontos.”- está, deliberadamente (fraude) ou não (ignorância), a descer a um nível matematicamente pobre. Tal contribui para uma visão fria, acéfala e totalmente desinteressante forma de trabalhar em Matemática.
janeiro 11, 2005
A compreensão e interiorização de um conceito por parte de um aluno constitui o objectivo maior de um professor numa exposição teórica-conceptual. Para que o processo de apropriação de uma ideia ou de um conceito seja, atendendo ao público alvo, o mais abrangente possível deve existir um leque variado de estímulos diversificados que auxiliem a compreensão do que está em jogo. Num exercício de equilíbrio, procura-se não ceder a facilitismos estéreis nem cair num contraproducente e desmobilizador rigor formalista.
Escreve este texto tendo como pano de fundo o conceito de FUNÇÃO dado e explorado na aula de hoje (décimo ano) na qual apenas visei a definição e questões de linguagem subjacentes.
Na figura está representada uma curva (parábola) que não é a representação gráfica de uma função.
Escreve este texto tendo como pano de fundo o conceito de FUNÇÃO dado e explorado na aula de hoje (décimo ano) na qual apenas visei a definição e questões de linguagem subjacentes.
Na figura está representada uma curva (parábola) que não é a representação gráfica de uma função.
Inevitavelmente PORQUÊ? A resposta alicerça-se na definição de Função. Existe, pelo menos, um valor de x ao qual corresponde mais do que um elemento de y, facto que contraria a definição de Função. Podemos avançar com um exemplo: (0,2) e (0,-2). Caso esta correspondência fosse função o objecto zero não poderia ter duas (ou mais) imagens distintas.
Uma vez abordado e explorado o conceito, o próprio aluno pode concluir que rectas verticais que intersectem uma curva em mais do que um ponto isso significa que a mesma não pode representar uma função. A uma eventual questão sobre este assunto é bom esclarecer que não é aceite a resposta: "Não, porque a recta corta o gráfico em dois pontos." Não será aceite porque é fundamental que se entenda o motivo pelo qual isso não pode ocorrer!
janeiro 05, 2005
150000 mil vítimas dão direito a três minutos de silêncio -seis (3 às 11 e 3 às 12) em Portugal por causa da diferença horária e por via das dúvidas...-. Para homenagearmos, em coerência, as vítimas dos flagelos em África precisaríamos de cinquenta minutos de silêncio. É da mais elementar proporcionalidade.
Um campeão alemão de F1, bom rapaz, fez um avultado donativo com direito a notícia de relevo nos noticiários. Será que oferece dezasseis vezes esse montante para as famílias dos 2500000 mortos/ano africanos ou será desaconselhado pelos seus conselheiros para assuntos fiscais?
O que difere nestas duas realidades trágicas é o impacto com que a notícia nos entrou em casa. Não nos devemos esquecer de outras realidades escondidas, igualmente dramáticas e plenas de dor, só pelo facto de não aparecerem nos principais noticiários televisivos.
O empolamento e a exploração até ao limite desta situação secundariza, entre outros aspectos, as trapalhadas da constituição das listas às próximas eleições...
Um campeão alemão de F1, bom rapaz, fez um avultado donativo com direito a notícia de relevo nos noticiários. Será que oferece dezasseis vezes esse montante para as famílias dos 2500000 mortos/ano africanos ou será desaconselhado pelos seus conselheiros para assuntos fiscais?
O que difere nestas duas realidades trágicas é o impacto com que a notícia nos entrou em casa. Não nos devemos esquecer de outras realidades escondidas, igualmente dramáticas e plenas de dor, só pelo facto de não aparecerem nos principais noticiários televisivos.
O empolamento e a exploração até ao limite desta situação secundariza, entre outros aspectos, as trapalhadas da constituição das listas às próximas eleições...
Um projéctil é lançado verticalmente de baixo para cima. Admite que a sua altitude h (em metros), t segundos após ter sido lançado, é dada pela expressão
h(t)=100t-5t^2
i) Determina h(2).
ii) Resolve a equação h(t)=0
iii) Qual o significado dos valores obtidos anteriormente no contexto apresentado?
iv) (para alunos do 12ºano) Qual a velocidade do projéctil, dois segundos após o lançamento?
i) Determina h(2).
ii) Resolve a equação h(t)=0
iii) Qual o significado dos valores obtidos anteriormente no contexto apresentado?
iv) (para alunos do 12ºano) Qual a velocidade do projéctil, dois segundos após o lançamento?
janeiro 04, 2005
Estes dois primeiros dias de aulas tiveram, pelo menos, uma regularidade. Ontem e hoje vários alunos de diferentes anos lectivos, procuraram endereços de sites sobre o tsunami no Índico.
Deixo aqui um link para um blogue francês no qual, por sua vez, se encontram bastantes links relativos à referida castástrofe.
Para reflexão aqui fica uma questão...
Cette mobilisation immesurable face à ce cataclysme monstrueux, n’est pas très logique : Cette année (2004) 2,5 millions d’africains sont décédés … suite aux maladies (SIDA, palu) ou aux conflits religieux ou rebelles… Alors pourquoi cette inégalité ?
janeiro 03, 2005
Congratulo-me pela decisão de elogiar publicamente, na página da escola, alunos da D.João II que se destacam pelos trabalhos realizados ou pelo sucesso que alcançam, como é o caso do promissor atleta de natação -recordista nacional absoluto e participante nas Olímpiadas de Atenas- TIAGO VENÂNCIO.
Subscrever:
Mensagens (Atom)