janeiro 21, 2005

A situação partiu de dois alunos do nono ano.
O Daniel dizia que era possível calcular a área de um quadrado do qual se conhecia apenas a medida da diagonal, o seu colega de carteira não concordava alegando que a insuficiência de dados tornava o problema insolúvel.

O Daniel apresentou, então, uma demonstração, simples mas elegante, que sustentava a sua afirmação. Partiu de um quadrado [ABCD] cuja diagonal media 2cm. A partir dessa diagonal construiu um segundo quadrado [EFBA] de área 4cm2 e estabeleceu uma relação entre as áreas dos dois quadrados, por um simples processo de decomposição, concluindo que a área do quadrado vermelho é 2cm2, porque é metade da área do quadrado auxiliar.
O aluno referiu que aprendera este processo com o pai, o qual parece apreciar os desafios matemáticos, apesar de estar profissionalmente longe da matemática e das ciências em geral e de não possuir habilitações académicas ao nível do superior. Não posso deixar de aproveitar a oportunidade para felicitá-los pelo trabalho matemático em comum, um exemplo raro e altamente meritório. O jovem fez um brilharete.
E já agora ficam aqui dois desafios para ti, Daniel, para a Sara, e para quem quiser na turma.
1. Preparem um artigo sobre a experiência de Eratóstenes para publicar no blogue do Centro de Recursos.
2. “Professor não existem mulheres matemáticas?” (Sara) Proponho-lhes um pequeno trabalho sobre este assunto.
Estes assuntos surgiram após um exposição sobre a irracionalidade da raiz quadrada de dois.

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