janeiro 05, 2005

150000 mil vítimas dão direito a três minutos de silêncio -seis (3 às 11 e 3 às 12) em Portugal por causa da diferença horária e por via das dúvidas...-. Para homenagearmos, em coerência, as vítimas dos flagelos em África precisaríamos de cinquenta minutos de silêncio. É da mais elementar proporcionalidade.
Um campeão alemão de F1, bom rapaz, fez um avultado donativo com direito a notícia de relevo nos noticiários. Será que oferece dezasseis vezes esse montante para as famílias dos 2500000 mortos/ano africanos ou será desaconselhado pelos seus conselheiros para assuntos fiscais?
O que difere nestas duas realidades trágicas é o impacto com que a notícia nos entrou em casa. Não nos devemos esquecer de outras realidades escondidas, igualmente dramáticas e plenas de dor, só pelo facto de não aparecerem nos principais noticiários televisivos.
O empolamento e a exploração até ao limite desta situação secundariza, entre outros aspectos, as trapalhadas da constituição das listas às próximas eleições...

Sem comentários: