julho 16, 2007

Três quartos de níveis negativos no exame do nono ano.
Terá sido porque,
- a primeira questão da prova não era particularmente acessível e influenciou decisivamente o desenrolar da restante resolução?
- a prova englobava vários itens do programa do sétimo e do oitavo ano?
- foi o primeiro exame "a sério" para a esmagadora maioria dos alunos?
- a prova exigia conhecimentos articulados entre diferentes temas programáticos, facto que prejudica os alunos cujos conhecimentos estão compartimentados e sem ligações entre si?
- houve excesso de confiança e algum desleixo após um exame de Português que correu muito bem?
- houve muitos alunos "descansados" no conforto de uma classificação de frequência superior a dois?
- poderão ter havido muitas classificações de 48 e 49% (era interessante saber, a nível nacional, quantas notas é que se situaram, por exemplo, entre os 46 e os 49% )

1 comentário:

Jaime Carvalho e Silva disse...

Na minha opinião os dois primeiros itens são muito relevantes para explicar os resultados obtidos (eventualmente também o penúltimo), mas acho que falta um outro elemento importante: a linguagem da prova não era fácil para um aluno médio (os alunos não leem textos de matemática, os manuais do 3º ciclo mais usados no mercado não têm praticamente textos, só exemplos, regras e exercícios com um mínimo de texto e a complexidade linguística do exame de matemática foi muito superior à complexidade da prova de língua portuguesa!).
Dá que pensar que no PISA (em dois testes, o terceiro terá os seus resultados em Dezembro próximo) os resultados a língua e a matemática sejam semelhantes e nos exames nacionais do 9º ano haja uma diferença tão grande!