São muitos os professores que só preparam os alunos para fazerem exames
(...) há quem considere que se os exames servem para "controlar todas as facetas da actividade docente", o professor deixa de ser um intelectual para ser um funcionário, o que "vai sair caro ao país", como nos disse Vítor Teodoro, professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e membro da Sociedade Portuguesa de Física. "Antes deste processo de proletarização da função docente, os professores tinham mais autonomia; hoje são cada vez mais controlados, o que vai ter efeitos muito graves, mais tarde ou mais cedo", alerta.
(...) Para Rita Bastos, o docente vive um dilema permanente: ou está a trabalhar para o imediato, para o exame; ou a preparar o aluno para o dia de amanhã, para saber fazer raciocínios.
Rita Bastos e João Filipe Matos defendem que a escola serve sobretudo para formar os alunos. Por isso entendem que é preciso questionar estas provas nacionais. Mas já Nuno Crato entende que "é bom que os alunos se preparem e é bom que sejam testados", defendendo que as provas de aferição deviam ser exames a sério.
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