junho 15, 2008

Hoje no PÚBLICO
São muitos os professores que só preparam os alunos para fazerem exames
(...) há quem considere que se os exames servem para "controlar todas as facetas da actividade docente", o professor deixa de ser um intelectual para ser um funcionário, o que "vai sair caro ao país", como nos disse Vítor Teodoro, professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e membro da Sociedade Portuguesa de Física. "Antes deste processo de proletarização da função docente, os professores tinham mais autonomia; hoje são cada vez mais controlados, o que vai ter efeitos muito graves, mais tarde ou mais cedo", alerta.
(...) Para Rita Bastos, o docente vive um dilema permanente: ou está a trabalhar para o imediato, para o exame; ou a preparar o aluno para o dia de amanhã, para saber fazer raciocínios.
Rita Bastos e João Filipe Matos defendem que a escola serve sobretudo para formar os alunos. Por isso entendem que é preciso questionar estas provas nacionais. Mas já Nuno Crato entende que "é bom que os alunos se preparem e é bom que sejam testados", defendendo que as provas de aferição deviam ser exames a sério.

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