novembro 27, 2004

Criadagem
Um aluno está sistematicamente distraído e é sistematicamente avisado.
Descontraído, continua a conversar com a vizinhança.
Entretanto, outros colegas resolvem uma equação, colocam questões e expõem dúvidas que lhes são esclarecidas. A equação é resolvida no quadro, as novas dúvidas que surgem correspondem a outros tantos esclarecimentos e explicações. A esmagadora maioria dos alunos avança para nova tarefa. Algum tempo depois o jovem distraído começa, com a calma que se impõe, a copiar o exercício do quadro. Naturalmente surge-lhe a primeira dúvida, fora de tempo. Pelo seu grau de empenho nas aulas muitas outras são de esperar. Fora de tempo, todas. Como é que um professor deve proceder nesta situação?
Normalmente, condescende-se. Creio eu! Explicou-se n vezes, também se pode explicar n+1 vezes. Neste caso, sumariamente apresentado, sucedeu que o professor entendeu ser isso mesmo e não funcionário ou criado de alguém que manifestamente tem outras prioridades.

Sem comentários: