Notícia do PÚBLICO - NOBEL da FÍSICA-
Quarta-feira, 06 de Outubro de 2004
Todas as coisas são feitas de átomos. E todos os átomos, no núcleo, são feitos de protões e neutrões, que por sua vez são formados por partículas ainda mais pequenas, os quarks. Tal como os quarks, uma das partículas fundamentais da natureza, pensa-se que os electrões, em redor do núcleo dos átomos, não são formados por partículas mais pequenas. Perceber o que se passa ao nível dos quarks, os constituintes mais pequenos da natureza, como fizeram os três físicos premiados com o Nobel da Física deste ano, é perceber de que são feitas as coisas. É perceber, em última análise, de que é feito o Universo, tudo o que existe.
Explicar a estrutura íntima da matéria, diz o físico Carlos Fiolhais, da Universidade de Coimbra, ajuda a perceber melhor o início do Universo e da vida. Sim, porque o homem é feito quarks, protões, neutrões, electrões, átomos, moléculas. O corpo humano é composto por algo como 10 elevado a 29 quarks: se fossem enfiados num fio, formariam um colar que daria um milhão de voltas à Terra.
Mas se não quisermos ter uma visão tão egocêntrica, no início do Universo não havia protões nem neutrões. Havia quarks, que se ligaram e deram origem aos protões e neutrões e por aí adiante. A força nuclear forte, a área do trabalho agora distinguido, teve um papel nessa união.
Três das forças fundamentais, a força nuclear forte, a força nuclear fraca e a electromagnética, aplicam-se ao mundo microscópico dos átomos. A restante força fundamental, a força gravítica, aplica-se ao mundo macroscópico, dos planetas às galáxias. Enquanto as forças forte, fraca e electromagnética estão unificadas numa teoria, a gravidade continua de fora. O trabalho dos galardoados, explicou o comunicado da Real Academia das Ciências Sueca, que atribuiu o prémio, foi mais um passo na descrição unificada de todas as forças da natureza, independentemente da escala - desde as pequeníssimas distâncias dentro do núcleo atómico às vastas distâncias do Universo. Um sonho ao qual Albert Einstein dedicou grande parte do seu tempo, sem sucesso. T.F.
Todas as coisas são feitas de átomos. E todos os átomos, no núcleo, são feitos de protões e neutrões, que por sua vez são formados por partículas ainda mais pequenas, os quarks. Tal como os quarks, uma das partículas fundamentais da natureza, pensa-se que os electrões, em redor do núcleo dos átomos, não são formados por partículas mais pequenas. Perceber o que se passa ao nível dos quarks, os constituintes mais pequenos da natureza, como fizeram os três físicos premiados com o Nobel da Física deste ano, é perceber de que são feitas as coisas. É perceber, em última análise, de que é feito o Universo, tudo o que existe.
Explicar a estrutura íntima da matéria, diz o físico Carlos Fiolhais, da Universidade de Coimbra, ajuda a perceber melhor o início do Universo e da vida. Sim, porque o homem é feito quarks, protões, neutrões, electrões, átomos, moléculas. O corpo humano é composto por algo como 10 elevado a 29 quarks: se fossem enfiados num fio, formariam um colar que daria um milhão de voltas à Terra.
Mas se não quisermos ter uma visão tão egocêntrica, no início do Universo não havia protões nem neutrões. Havia quarks, que se ligaram e deram origem aos protões e neutrões e por aí adiante. A força nuclear forte, a área do trabalho agora distinguido, teve um papel nessa união.
Três das forças fundamentais, a força nuclear forte, a força nuclear fraca e a electromagnética, aplicam-se ao mundo microscópico dos átomos. A restante força fundamental, a força gravítica, aplica-se ao mundo macroscópico, dos planetas às galáxias. Enquanto as forças forte, fraca e electromagnética estão unificadas numa teoria, a gravidade continua de fora. O trabalho dos galardoados, explicou o comunicado da Real Academia das Ciências Sueca, que atribuiu o prémio, foi mais um passo na descrição unificada de todas as forças da natureza, independentemente da escala - desde as pequeníssimas distâncias dentro do núcleo atómico às vastas distâncias do Universo. Um sonho ao qual Albert Einstein dedicou grande parte do seu tempo, sem sucesso. T.F.
Sem comentários:
Enviar um comentário