junho 12, 2004

Grande jogatana.
Um regalo.
Pelos gregos, destacaram-se o Apolónio que não deu hipóteses nas secções cónicas e Diofante, que brilhou com as suas diofantinas. Platão fez um jogo menos conseguido. Antes do jogo, nos tradicionais esquemas psicológicos, Platão avisou que quem não soubesse geometria não passava no seu flanco, facto que não intimidou os adversários. Do lado luso os fantásticos nónios cegos com que Pedro Nunes presenteou os gregos deixaram os adeptos em delírio.
A partida não registou grande problemas disciplinares. Exceptuando a acesa discussão entre Anastásio da Cunha e Euclides sobre o conceito de ponto. O arbitro avisou que deviam acabar com a história dos axiomas e avançar sem hesitações para o teorema e respectiva demonstração.
No final o guarda-redes lusitano leu um poema, na habitual conferência de imprensa.

Homem
Inútil definir este animal aflito.
Nem palavras,
nem cinzéis,
nem acordes,
nem pincéis,
Universo em expansão.
Pincelada de zarcão
Desde mais infinito a menos infinito.
(movimento perpétuo)

dedicado ao eScolari, um homem que pensa bem e escolhe melhor.

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